quinta-feira, 7 de abril de 2011

Actividades festivas


Sendo o achigã o “rei” das águas desta barragem, em 2009 começou a ser feito um festival com o nome de “festival do achigã”. As festas duram 2 dias (sexta-feira, sábado) e são em volta mais ou menos entre o dia 10 e 15 de Setembro.

Nestas festas podemos ter como menu achigã assada ou caldeirada de achigã, duas das melhores maneiras de comer este peixe muito apreciado. São cozinhados na hora nas tradicionais tasquinhas.
Como não há festa sem música, há os tradicionais cantares e bailaricos.




Descanso e Lazer

Este local é ideal para relaxar! Não só o corpo mergulhando nas aguas límpidas desta barragem, mas também descansar a mente, observando todo o meio envolvente.

A natureza impera neste local de extrema beleza.

É fácil encontrarmos roulotes com estrangeiros que vem passar uns dias neste sitio privilegiado.



Com vista predilecta para a barragem de Santa-clara-a-Velha, temos uma pousada com de 19 quartos, onde o ambiente de descontracção e relaxamento dominam.

Na gastronomia oferecida pelo agradável local temos os sabores da região.

 

Actividades desportivas

A caça é uma actividade praticada em algumas partes da barragem. O caçador pode encontrar desde patos, perdizes, coelhos, lebres, javalis, etc.


A pesca é o desporto rei desta Barragem. 

O Achigã tem o seu período de pesca entre 1 de Junho a 14 de Março, sendo o período de captura da Carpa também igual. O Pinpão e Alburno podem ser pescados todo o ano.


Destacar também que o campeonato nacional e mundial de pesca ao achigã passa por esta barragem, o que significa que leva o nome deste bonito local além fronteiras.



Fauna

A vida em torno deste bonito local é grande. Tanto dentro como fora de água a vida animal é abundante.

Dentro de água podemos observar várias espécies como:

 Achigã


Nome científico: Micropterus Salmoides

origem:
O achigã é originário do sul do Canadá e norte dos Estados Unidos da América e foi introduzido na Europa no final do século XIX. 


Características:

Possui um corpo altivo e alongado, uma cabeça grande e de boca larga e com numerosos e minúsculos dentes, justificadamente agressiva, possui um dorso e cabeça de coloração verde escuro ou oliváceo, com flancos dourados, ventre branco, a linha lateral tem uma fiada de manchas castanhas ou negras, bem visível nos adultos e o opérculo tem duas barras escuras e uma mancha preta.  Tem uma barbatana dorsal dividida em duas partes, tendo a primeira raios espinhosos, tendo ainda na boca uma maxila inferior proeminente e mais saliente do que a superior.

Alimentação:

O Achigã adulto é um predador muito voraz, alimentando-se preferencialmente de outros peixes e crustáceos e também de insectos aquáticos.
 Os mais novos têm a sua alimentação baseada em insectos, crustáceos e moluscos enquanto que os alevins se alimentam de plancton.




CARPA

Nome científico: Cyprinus Carpio

 

Origem:

A Carpa é originária da Europa Oriental e Ásia Ocidental e foi introduzida na Europa Ocidental no Séc XII e nos EUA por volta de 1870. Durante a idade média conheceu uma grande expansão na Península Ibérica.



Caracteristícas:

 É uma espécie muito corajosa e combativa, com um pujante corpo alongado, coberto de escamas grandes, tem a cabeça massiva e de forma triangular com uma boca terminal proeminente e com dois barbilhos, um de cada lado da boca, a barbatana dorsal é longa e com raios, sendo o primeiro mais forte e dentilhado. Apresenta um dorso castanho esverdeado, com flancos dourados e o seu ventre tem uma coloração amarelada.


Habitat:

A Carpa tornou-se uma espécie tipicamente de albufeiras e cursos de água com corrente fraca e muita vegetação. Tem o hábito de nas águas pouco profundas se fossar no fundo a fim de provocar turvação e costuma vir à superfície para aspirar o ar. Gosta especialmente de zonas pouco profundas (1m a 5m) e de preferência com vegetação, árvores, ou qualquer outro tipo de estruturas, refugiando-se nos fundões nas alturas de frio ou calor mais intenso.Possui ainda uma enorme capacidade para águas salobras assim como uma impressionante resistência fora de água, conhecem-se casos de exemplares que sobreviveram após mais de 1 hora sem água.
 Em alguns locais e beneficiando de determinadas situações naturais a Carpa consegue atingir cerca de 1 metro de comprimento e com um peso que poderá oscilar entre os 30 e os 35 kgs., existindo já diversos registos próximos dos 40 kgs.

Alimentação:

É uma espécie omnívora de regime alimentar muito variado (come de tudo), alimentando-se de insectos, invertebrados, plantas e algas, ovos de batráquios e outros peixes, tem uma preferência especial por larvas de insectos, crustáceos e moluscos, moluscos, ervas, plantas  aquáticas, algas, chegando mesmo, ocasionalmente, a comer outros alevins e pequenos peixes. Costuma ter rotas definidas de procura de comida, patrulhando-as continuadamente.  Ingere os alimentos por sucção. Neste vídeo podemos verificar como a carpa se alimenta .

Reprodução:

A Carpa atinge o estado de adulto por volta dos 4 anos e tem o hábito de se reproduzir com grande frenesim em locais de pouca profundidade e com abundante vegetação aquática ou submersa, quando a temperatura da água chega aos 18º/19ºC., de Abril a Junho, por vezes até finais de Julho. Desovam na primavera e verão, largando os ovos pegajosos  na vegetação. As fêmeas executam várias posturas durante a época de reprodução, a qual pode libertar a extraordinária média de 250.000 ovos/kg., 5 a 8 dias mais tarde nascem os primeiros alevins que se alimentam de plancton.
 A Carpa possui uma longevidade que pode superar os 20 anos, havendo quem considere poder ir muito mais além mas por enquanto sem sustentação científica.


Alburno

Nome cientifico : Alburnus alburn


É mais uma das espécies introduzidas recentemente em Portugal.
Trata-se de um pequeno ciprinídeo, bastante parecido com o escalo. É no entanto mais espalmado e de cor prateada, com o dorso esverdeado escuro, por oposição ao dourado do escalo. É bastante activo e encontra-se sempre em busca de comida, normalmente em pequenos cardumes desorganizados e junto à superfície da água. Alimenta-se de plâncton e pequenos insectos, crustáceos, larvas e tudo o que possa servir de alimento para refrear a sua voracidade. Os ovos são postos na areia, cascalho ou rocha, a baixa profundidade. Cresce até cerca dos vinte centímetros e por isso não tem particular interesse desportivo.


Pimpão (imagem ainda não disponível)

Nome científico - Carassius auratus

Alimentação:  Esta espécie é principalmente detritívora mas também alimenta-se de invertebrados aquáticos, nomeadamente larvas de dipteros (quironomídeos e simulídeos), copépodes, ostrácodes, e efemerópteros (caenídeo). Ocasionalmente come material vegetal, algas e fanerogâmicas.


 
Cágado

“cágado” é o nome dado a tartarugas de água doce.


Alimentação:

Os cágados-mediterrânicos consomem uma grande variedade de alimentos, nomeadamente plantas, insectos, caracóis, lagostins, anfíbios, peixes e até pequenas aves.

Inimigos naturais:

Entre os seus predadores incluem-se as cegonhas, as garças, as aves de rapina, os corvídeos, peixes grandes e alguns mamíferos como a lontra, a raposa e o javali.

Reprodução:


A reprodução dá-se sobretudo na Primavera e, em menor grau, no Outono. Durante a cópula, que geralmente tem lugar na água, o macho agarra-se por cima da carapaça da fêmea e introduz o seu órgão reprodutor na cloaca desta. Cada postura inclui 1 a 12 ovos, que são depositados num buraco com cerca de 15 cm de profundidade, escavado pela fêmea com as patas traseiras. Depois da postura ela cobre o buraco com terra. As crias nascem passados 56 a 80 dias, mas geralmente só emergem na Primavera seguinte. A maturidade sexual dá-se por volta dos 2 a 4 anos nos machos e dos 6 a 7 anos nas fêmeas. A longevidade máxima é de cerca de 35 anos.




Lagostim-vermelho (Procambarus clarkii)

Pertence à ordem Decapoda, família Astacidae.
O seu nome vulgar é lagostim vermelho da Louisiana.
Esta espécie é originária do sul dos E.U.A. e do Norte do México.
Os lagostins são omnívoros, têm uma dieta alimentar muito variada, alimentam-se de plantas aquáticas, podem consumir detritos e carcaças de peixe. Também comem moluscos, insectos, vermes, larvas, girinos e mesmo alguns peixes.
Os alimentos mais consumidos são no entanto de origem vegetal.



 
Cobra de água

Uma das cobras mais comuns em Portugal, caracteriza-se pelos seus hábitos aquáticos, sendo uma excelente nadadora. É activa tanto de dia como de noite. Alimenta-se sobretudo de anfíbios e peixes, embora também ingira anelídeos e artrópodes.








Ameijoa de água doce


Não se avista em todos os locais da barragem. Serve de alimento a alguns peixes e está mais fixada em "terras moles".

Localização




A Barragem de Santa-Clara-a-Velha, está localizada no conselho de Odemira, distrito de Beja.

Como população mais próxima está a aldeia de Santa-Clara-a-Velha. Aldeia pequena mas acolhedora, que com muito orgulho fala no seu bem mais próximo, a barragem.


História


A Barragem de Santa-Clara-a-Velha foi mandada construir no tempo do Estado Novo.
Foi construída com o objectivo de regadio para todo o concelho, pois a agricultura está fortemente enraizada um pouco por todo o Alentejo.
Depois de alguns anos em construção e a dar trabalho às gentes de aldeias vizinhas, foi então inaugurada em 1969.
A Barragem de Santa Clara em tempos foi a maior barragem portuguesa, situada no rio Mira, concelho de Odemira no Alentejo litoral, perto da fronteira algarvia. Parte da barragem encontra-se na freguesia de Santa Clara-a-Velha.
A albufeira cobre uma área de 1986 hectares, sendo considerada uma das maiores da Europa. A água percorre 84,9 Km de canais, 50,4 Km de distribuidores e 309,6 Km de regadeiras.